Em 100 g de ostras, são encontradas até 12 g de proteínas. Elas possuem baixo teor de gordura saturada e são ricas em micronutrientes, como as vitaminas B1, B2, B6, B12 e E, e minerais como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio e zinco.
“Durante o verão, elas ficam ainda mais ricas em proteínas, enquanto que, com o aumento de precipitações, elas apresentam maiores concentrações de ácidos graxos poli-insaturados, em especial o ômega 3”, esclarece Heleni Aires Clemente, bióloga, nutricionista, mestre em bioquímica, doutora em nutrição e professora do curso de nutrição da Facisa (Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi), da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Confira os benefícios de incluí-las em sua dieta:
– Ajudam na manutenção muscular
Quando cruas, são 10,5 g de proteína, em 100 g, e 15,8 g na versão cozida sem óleo e sem sal. O nutriente colabora na saciedade e na manutenção dos músculos e do corpo como um todo, já que se relaciona a inúmeros processos metabólicos.
– Fazem bem ao coração
Os ácidos graxos presentes no alimento garantem efeitos cardioprotetores, em particular o ômega 3 do tipo EPA (ácido eicosapentaenóico), que atua na produção de substâncias anti-inflamatórias, auxiliares na saúde do coração e da circulação sanguínea. Além disso, a substância contribui para o bom funcionamento do cérebro e da retina.
A cada 100 g de ostras, são encontrados os ácidos graxos linoléico, ou ômega 6, (0,028 g); linolênico, ou ômega 3, (0,044 g); EPA (0,188 g) e decosahexaenóico (0,203 g). A vitamina E atua, em conjunto, na prevenção de problemas cardiovasculares.
– Ajudam no controle do colesterol e da pressão arterial
O potássio, o magnésio, o ômega 3 e o ômega 6 têm propriedades no controle do colesterol “ruim” (LDL) e da pressão arterial.
– Mantêm o cérebro saudável
As ostras são fontes de vitamina B12, necessária para o funcionamento de diversos órgãos, incluindo o cérebro, nervos e células sanguíneas. O fósforo também tem ação na função cerebral, assim como no metabolismo.
– Combatem a anemia
Entre os minerais presentes nos moluscos bivalves, o ferro previne e trata diferentes tipos de anemia, que acarretam em fadiga, mau funcionamento cognitivo, distúrbios estomacais e fraqueza muscular. Além disso, o consumo associado a fontes de vitamina C ativa a absorção do mineral.
– Ajudam a ter ossos mais saudáveis
A presença de minerais, como cálcio, magnésio e fósforo, contribui para o crescimento e a manutenção adequados dos ossos, evitando a osteoporose, por exemplo.
– Fortalecem a imunidade
As ostras contêm vitaminas e minerais essenciais para o sistema imunológico, com propriedades antioxidantes. O zinco é um deles e tem papel fundamental também na cicatrização de feridas, já que ajuda na coagulação do sangue.
Como são moluscos filtradores, ao se alimentarem, retêm em seus tecidos partículas orgânicas e inorgânicas, além de microrganismos contidos na água, como se fossem peneiras. Por isso, é possível encontrar nas ostras bactérias como Escherichia coli e Salmonella spp, e metais pesados, como mercúrio, chumbo e cádmio. Assim, é crucial conhecer a origem, tanto das frescas quanto das congeladas, e dar preferência a preparos em que sejam submetidas ao cozimento, a fim de eliminar bactérias existentes. Deve-se, ainda, ter atenção para não ingerir fragmentos de conchas, que acarretam problemas gastrointestinais, já que o organismo não é capaz de digeri-los. Crianças, idosos, gestantes e e imunossuprimidos devem evitar comer ostras cruas, devido ao risco de complicações relacionadas às gastroenterites e à ingestão de metais pesados. Pessoas com alergias a frutos do mar também devem restringir o consumo.
Fonte: www.uol.com.br/vivabem
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