Os chás, além de serem deliciosos e proporcionarem momentos de satisfação, podem trazer inúmeros benefícios à saúde. Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre o chá de boldo!
Já diziam as avós: “Para males do fígado e do estômago, chá de boldo é tiro e queda”! De fato, essa planta medicinal tem seus benefícios comprovados pela ciência. Graças às suas substâncias químicas, ao ser ingerida, ela aumenta a produção de urina ao mesmo tempo em que combate o crescimento bacteriano nesse meio e estimula a produção de suco gástrico no estômago.
Mas, apesar de ser servido há décadas, nem todo mundo conhece assim tão de perto a potente ação do chá de boldo e o que ele, de fato, é capaz de proporcionar para o nosso bem-estar.
5 mitos e verdades sobre o boldo
É aliado do fígado e da digestão
VERDADE. E isso acontece porque o boldo possui algumas indicações de nome complicado, mas que são bastante conhecidas por nós. É o caso do efeito colagogo e colerético, em que a planta atua aumentando a secreção de bile na vesícula e no fígado, respectivamente. O boldo também tem efeito benéfico contra as chamadas dispepsias funcionais, quando há um desconforto abdominal constante, e tem atividade antimicrobiana, hepática e digestiva. A planta ainda produz uma ação anti-inflamatória importante, relacionada à boldina e por inibição da síntese da prostaglandina, por isso pode ser usado contra cólicas gastrointestinais leves.
Por ser uma planta, não faz mal à saúde
MITO. O boldo pode danificar o fígado se o consumo for exagerado. Ele ainda é contraindicado para grávidas, lactentes, crianças menores de 6 anos, pacientes com doença no fígado (hepáticas) e distúrbios nos rins. Quem faz uso regular de medicamentos que retardam a coagulação sanguínea, como aspirina® e anticoagulantes, também não deve beber o chá.
Todo boldo é fitoterápico
MITO. É importante compreender que existem várias espécies diferentes de boldo. A mais popular é chamada boldo do Chile. Mas tem também o boldo nacional, o boldo da terra ou o boldo de jardim, com galhos longos e folhas grandes e aveludadas, que também oferecem benefícios. Em contrapartida, há casos em que essas espécies podem ser prejudiciais à saúde. Especialmente quando o consumo é exagerado ou quando ocorre interação com outros remédios que a pessoa esteja usando. O boldo da terra, por exemplo, consumido em doses elevadas pode levar à irritação da mucosa gástrica e intensificar os efeitos de medicamentos ansiolíticos e hipnóticos. Já o falso boldo, que dá em moita e tem cheiro forte e folhas miúdas e carnudas, não deve ser ingerido.
É aliado contra a ressaca
VERDADE. Se a festa do final de semana sobrecarregou o fígado, no dia seguinte prefira uma alimentação leve, com bastante líquido e no máximo duas xícaras de chá de boldo. A planta estimula o funcionamento do fígado eliminando o álcool e o mal-estar.
Tem receita certa para o chá de boldo
VERDADE. Para aproveitar os benefícios do boldo na digestão, as folhas devem ser limpas, socadas/batidas no copo ou pilão com água e deve-se beber na mesma hora. A Anvisa orienta derramar 150 ml de água fervendo em 1 colher (chá) de folhas de boldo e abafar a bebida por cinco a 10 minutos. A receita caseira deve ser consumida só para alívio de sintomas leves e o tratamento não pode ultrapassar quatro semanas.
Todos os chás contêm polifenóis, que trazem inúmeros benefícios: melhoram os níveis de concentração e energia, previnem e tratam a aterosclerose, previnem o diabetes, diminuem o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, inibem o desenvolvimento de células cancerígenas, impedem o fornecimento de sangue ao tumor e incentivam a autodestruição das próprias células cancerígenas. “Os chás também contribuem para a diminuição dos níveis do ‘colesterol mau’ (LDL – lipoproteína de baixa densidade), pois melhoram o metabolismo lipídico e têm um efeito antibacteriano significativo, purificando o organismo, eliminando toxinas e combatendo a retenção de líquidos.
De maneira geral, todos os chás, se consumidos além da quantidade recomendada, podem provocar desconforto estomacal, náuseas e alterações intestinais, como diarreia e aumento de flatulência. Alguns tipos podem provocar reação adversa caso a pessoa tenha alergia a algum composto ou ainda provocar interação medicamentosa, por isso, se estiver utilizando de algum medicamento, é necessário consultar um médico para ter certeza de que não haverá riscos à saúde.
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