Para tentar minimizar esse problema, veja essas dicas para preservar alimentos por mais tempo:
FRUTAS
O calor e o oxigênio aumentam a taxa de respiração das frutas, fazendo com que elas amadureçam e se deteriorem mais rapidamente. Assim, separe as que emitem uma substância chamada etileno (gás responsável pelo amadurecimento da fruta). Frutas como abacate, ameixa, banana, caqui, damasco, fruta-do-conde, kiwi, manga, maçã, mamão, maracujá, nectarina, pêra, pêssego, pinha e tomate. Estas devem ser armazenadas em ambientes ventilados e frescos, logo podem ir à geladeira fechadas em potes ou sacos do tipo ziplock.
Frutas que soltam pouco etileno também devem ir à geladeira, mas sempre na parte mais baixa e em sacos plásticos higienizados. Entram nessa lista abacaxi, caju limão, carambola, cereja, coco, figo, goiaba, laranja, lichia, limão, melancia, morango, nêspera, romã, tangerina, uva, melões orange. Se quiser congelar essas frutas, tire a casca, corte em pedaços menores, divida em porções em sacos plásticos e leve ao congelador.
Se consumir apenas uma parte da fruta, coloque o pedaço restante dentro de um plástico ziplock a vácuo ou envolva a fruta com plástico filme, assim haverá menos contato com o ar e ela será conservada por mais tempo.
VERDURAS E LEGUMES
A maneira mais simples e adequada para conservar legumes e verduras é o branqueamento: limpe os alimentos removendo as partes danificadas, as cascas e as sementes, lave e corte em pedaços. Coloque-os por alguns minutos em água fervente, logo retirando com o auxílio de uma escumadeira. Coloque-os em um recipiente com água e gelo para resfria-los imediatamente e cessar o cozimento. Seque os alimentos, ponha-os em embalagens limpas e secas, retire o ar e armazene-os em freezer ou geladeira.
Veja o tempo que você deve deixar cada alimento branqueando:
. berinjela, repolho, pimentão, chicória, espinafre, chuchu – 2 minutos;
. beterraba – 3 a 5 minutos;
. brócolis, milho verde sem espiga e mandioca – 3 a 4 minutos;
. cenoura – 2 a 5 minutos;
.couve-flor, vagem, abóbora – 3 minutos;
. batata e ervilha – 2 a 4 minutos;
. milho verde com espiga – 8 minutos;
. nabo – 5 minutos;
. couve, repolho – 1 minuto.
Este processo inativa algumas enzimas que participam dos processos de maturação e degeneração das hortaliças, além de reduzir a carga microbiana – o que permite que sejam congeladas e garantem sua qualidade por mais tempo. Por outro lado, não é indicado congelar verduras consumidas cruas, como alface, rúcula e agrião.
No freezer, legumes e verduras branqueados podem durar de 6 a 8 meses. Na geladeira, podem durar de 7 a 10 dias, dependendo do alimento.
LATICÍNIOS
Para os leites industrializados, a forma de conservação deve seguir as instruções da embalagem, ou seja, prazo de validade de cinco dias quando armazenados em uma temperatura de até 7 ºC. Um erro muito comum é deixar o leite e os derivados na porta da geladeira, o que não é a melhor prática: é o local que está sempre com uma variação de temperatura, o que pode acelerar o processo de deterioração do alimento. O corrreto, portanto, é armazenar nas prateleiras de dentro, de preferência nas de cima. Nas geladeira convencionais o ar frio é liberado pela parte de cima, portanto as prateleiras nessa região são mais geladas que as outras.
Quanto aos queijos, o maior problema é o desenvolvimento de mofo. Esses alimentos devem permanecer no mesmo local que o leite e sempre dentro de um pote. Depois de abertos, deve-se procurar minimizar o tempo de exposição ao ambiente, assim como a manipulação excessiva. Por exemplo, ao abrir um requeijão, deve-se sempre usar uma faca limpa para retirar o produto do pote e não deixar sobre a mesa por várias horas. A mesma recomendação é válida para as peças de queijos. Outra dica importante é que os queijos não devem ser congelados, pois isso pode alterar o nível de proteína e modificar seu sabor e características.
Pães industrializados já possuem conservantes, mas é importante sempre deixá-los fechados dentro do saco plástico em que foram comprados para evitar que estejam em constante contato com o oxigênio – o que diminui a validade. Para conservá-los por mais tempo, basta deixá-los em um saco ziplock dentro do freezer.
O pão congelado pode durar de 1 a 2 meses, dependendo do clima do congelador e das condições de armazenamento. Quanto mais baixa a temperatura e maior a proteção do alimento em relação ao ar frio, maiores serão as chances de manutenção de suas características. Uma ótima dica é congelar o alimento de forma individual e na hora do consumo, colocá-lo direto na torradeira, por exemplo.
Já os pães caseiros têm um tempo de validade muito menor e podem desenvolver bolores rapidamente. Para evitar esse problema, a adição de uma colher de vinagre na massa pode reduzir o pH do produto, e assim, minimizar o aparecimento de bolores precocemente. Outra dica importante é não embalar o pão ainda quente; embalado desta forma ele libera água na forma de vapor, que se condensa na embalagem plástica e volta para o alimento, favorecendo o aparecimento de mofo. Portanto, depois de resfriado, guarde-o dentro de um plástico bem fechado.
Vale lembrar que pães elaborados com farinhas integrais, além de mais saudáveis, duram mais tempo, já que as fibras presentes nessas farinhas absorvem a água adicionada na receita, de forma que o líquido não fique tão disponível para o crescimento dos bolores.
GRÃOS, CEREAIS E FARINÁCEOS
Linhaça, aveia, arroz, milho, farinhas: o ideal é sempre armazená-los em local fresco e seco, dentro de potes fechados.
Para conservação por grandes períodos, existe uma técnica que consiste em colocar os grãos ou os cereais em garrafas PET higienizadas e secas (o importante é não ter nenhum resíduo de água) e vedar a tampinha com fita adesiva. Este ambiente torna-se um ótimo conservador, pois retira quase todo o oxigênio, prevenindo assim o processo respiratório do alimento e sua consequente deterioração.
Também é importante utilizar todos os cereais, grãos e farináceos do recipiente antes de colocar novos.Caso contrário, os que estão no fundo do recipiente nunca serão utilizados, o que aumenta o risco de apodrecerem e contaminar os demais.
CARNES BRANCAS E VERMELHAS
Para aves, peixes ou bovinos, o congelamento sempre será a melhor opção para evitar a multiplicação de microrganismos naturalmente presentes nas carnes e aumentar o tempo de conservação. Ao comprar o alimento, retire-o da bandeja de isopor e coloque-o em um saco plástico específico ou em um ziplock.
Só é preciso ficar atento quanto à quantidade de gordura do alimento: aquelas com maior teor de gordura apresentam menor tempo de vida útil – porque a gordura, mesmo congelada, sofre oxidação, alterando o sabor da carne.
E atenção: não se deve lavar a carne, pois isso aumenta a quantidade de água e o número de microrganismos, favorecendo a deterioração. Após descongelar, não é recomendado voltar para o freezer. Então, se a intenção é congelar e ir retirando aos poucos, você deve separar a carne em diversos sacos plásticos.
EMBUTIDOS
Alimentos como linguiça, salsicha, paio e salame devem permanecer dentro da geladeira. Porém, para conservá-los por mais tempo, é indicado levá-los ao freezer enrolados em um papel filme e assim manter a umidade típica. Somente para o salame não é recomendado o congelamento, já que ele pode perder a consistência e sabor.
No congelador, esses produtos podem permanecer por até dois meses (o tempo de validade pode ser diferente dependendo do fabricante), desde que armazenados corretamente.
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